segunda-feira, 20 de junho de 2011

DNIT instala fotossensor na BR 020 em Madalena

Fotossensor na BR 020 em Madalena
Com o crescimento do município registrado nos últimos anos, o perímetro urbano da cidade de Madalena encontra-se praticamente cortado ao meio pela BR 020, onde veículos trafegam em altíssima velocidade, fazendo com que o risco de acidentes seja uma constante, havendo vários casos já registrados, inclusive com vítimas fatais.

Diante desta situação, levantamos o problema, e o levamos para uma discussão pública via através do Programa Panorama Geral que é levado ao ar semanalmente e também através deste Blog, onde mostravamos a situação e cobravamos do orgão competente, no caso o DNIT, medidas que viessem solucionar problema tão sério, inclusive sugerimos que a câmara municipal formasse uma comissão de vereadores para que também fosse ao DNIT, o que de fato
acabou acontecendo, através dos vereadores, Vavá, Cileide e Eurinaldo.

Para nossa alegria e satisfação, na última quinta-feira 16 chegou uma equipe enviada pelo DNIT para instalar um fotossensor no perímetro urbano da BR 020 em Madalena, próximo ao triângulo que dá acesso ao município de Quixeramobim, porém, mesmo considerando que a instalação do equipamento já é um grande avanço, nossa cobrança irá continuar, com vistas a implantação de mais equipamentos desta natureza em outros trechos da área urbana de Madalena e também do distrito de São José da Macaóca.

CNBB propõe abaixo-assinado contra mudanças no Código

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirmou que irá incentivar um abaixo-assinado contra o texto do Código Florestal, que está tramitando no Senado.

Os bispos criticam a mudança nas regras para as APPs (Áreas de Preservação Permanente) e a anistia aos desmatamentos antigos.

"Não é possível que todo esse desmatamento seja esquecido", disse dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB e prelado de São Félix do Araguaia (MT).

A ideia da CNBB se baseia na campanha popular pela aprovação da lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010.

A lei veta a candidatura de políticos condenados por mais de um juiz. Parte do 1,6 milhão de assinaturas foi captada em paróquias.
Abaixo, leia a nota oficial da confederação dos bispos.
Nota da CNBB sobre o Código Florestal

"Eis que vos dou toda a terra, todas as plantas que dão semente
e todas as árvores que produzem seu fruto com sua semente,
para vos servirem de alimento” (Gênesis 1,29).

O Conselho Permanente da CNBB, reunido em Brasília, de 15 a 17 de junho de 2011, tomou conhecimento do atual estágio da discussão do Código Florestal no Congresso Nacional, atualmente tramitando no Senado, após votação na Câmara dos Deputados.

Estamos conscientes da grande importância de um Código Florestal no Brasil, porque nosso País tem possibilidades de oferecer alternativas à crise civilizacional ancorada, sobretudo, na crise climática.

Nossa preocupação maior está no impacto e nas consequências de uma lei deste porte na vida das pessoas e no meio ambiente, que sacrificam a realidade da ecologia física e humana ao influenciar na dinâmica social e cultural da sociedade.

A ecologia se tornou, na segunda década do século XXI, um dos “sinais dos tempos” mais significativos para a sobrevivência da humanidade. Não por acaso, vivemos o Ano Internacional das Florestas, participamos recentemente da Campanha da Fraternidade sobre a Vida no Planeta que colocou em discussão a gravidade da crise ecológica às vésperas da Conferência Rio+20.

A flexibilização da legislação ambiental, aprovada pela Câmara dos Deputados, motivo de muita polêmica, é prova contundente de que o País poderá se colocar na contramão deste importante debate mundial.

As decisões sobre o Código Florestal não podem ser motivadas por uma lógica produtivista que não leva em consideração a proteção da natureza, da vida humana e das fontes da vida. Não temos o direito de subordinar a agenda ambiental à agenda econômica.

Destaque-se, porém, que a legislação original, tanto de 1934 como de 1965, tinha como preocupação preservar a flora em suas múltiplas funções, seja em áreas públicas, parques nacionais, seja em áreas privadas e, nesse aspecto, sempre exigiu a manutenção de um mínimo da vegetação nativa.

Alguns aspectos, já aprovados na atual discussão sobre o Código Florestal, nos preocupam. Entre eles, destacamos:

- a flexibilização da Lei altera o regramento das Áreas de Preservação Permanente – APPs, que protegem as margens dos rios, encostas, topos de morro, ameaçando o equilíbrio de proteção das florestas;

- a anistia das multas e penalidades pelas ocupações e desmatamentos em áreas de agropecuária e de alta relevância ambiental.

No Novo Código Florestal não pode faltar o equilíbrio entre justiça social, economia e ecologia, como uma forma de garantir e proteger as comunidades indígenas e quilombolas e defender as pequenas propriedades e a agricultura familiar.

Convocamos nossas comunidades a participarem desse processo de aperfeiçoamento do Código Florestal, mobilizando as forças sociais e promovendo “abaixo-assinado” contra a devastação.

Somos chamados a cuidar da natureza, a nossa casa comum, num processo de desenvolvimento sustentável, para que a terra e tudo o que dela provém sirvam para que todos tenham vida e vida em abundância (cf. Jo 10,10).

Pedimos que Nossa Senhora Aparecida, mãe dos brasileiros e brasileiras, interceda junto a Deus muita luz para que nossos parlamentares se façam sensíveis ao bem comum.

Brasília – DF, 17 de junho de 2011

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida - SP
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão-MA
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Prelado de São Félix-MT
Secretário Geral da CNBB

MST conquista mais uma escola do campo no Ceará

 
 Por Genivando Santos e Marcelo Matos Da Página
 MST

Mais uma escola do campo foi erguida com a luta dos trabalhadores rurais nas áreas da Reforma Agrária no Ceará. O assentamento Santana, no município de Monsenhor Tabosa, na região dos Inhamuns, conquistou a Escola de Ensino Fundamental e Médio Florestan Fernandes.
O ato de inauguração aconteceu na terça-feira (14/6) com a participação de mais de 500 trabalhadores, entre alunos, convidados e autoridades locais, além de vários movimentos sociais.
Na festa, houve um almoço coletivo oferecido pelo assentamento aos convidados. A assentada dona Lurdes estava entusiasmada com a inauguração da escola. “Foi uma conquista de uma luta de 24 anos de luta dos trabalhadores Sem Terra. Nada que temos até hoje foi nos dado, e sim conquistado por nós”, disse.
A secretária estadual da educação, professora Izolda  Cela, participou do ato e representou governador Cid Gomes (PSB). Ela destacou a importância do governo investir mais na educação do campo. “Criamos uma célula na secretaria que cuida só da educação do campo para atender a população, que em outros governos eram excluídas das políticas governamentais“, afirmou. “Precisamos nos unir em prol da educação. Esse povo tem o direito a uma educação de qualidade”.
As escolas do campo são frutos da luta do MST  por uma educação de qualidade, que leva em consideração as especificidades do povo camponês. Nessa luta, já foram conquistadas 10 escolas, das quais  três já foram inauguradas nos assentamentos 25 de maio, em Madalena, Lagoa do Mineiro, em Itarema, e em Maceió, em Itapipoca.
A escola do assentamento Santana tem a mesma estrutura física, com capacidade para 500 alunos. Porém, não é só o prédio que impressiona. Para a coordenadora estadual do setor de educação do MST, Irinelda Monte Lopes, “não adianta ter só o prédio, é preciso implementar a pedagogia do campo”.
A participação coletiva, a organicidade, os trabalhos práticos são uma das marcas que diferencia as escolas do MST das demais. “O MST tem clareza de que a conquista da escola vai contribuir muito para o desenvolvimento do campo, mas sabemos que temos muitos desafios pela frente, entre eles a formação continuada para os educadores e educadoras do campo” completa Irinelda.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estrada Quixeramobim/Madalena: Ministério Público questiona obra


Trecho em Obras: Estrada Quixeramobim/Madalena
O trecho de 53,8Km da CE -166, ligando Quixeramobim a Madalena, deverá estar concluído em janeiro de 2012. Os serviços de terraplanagem estão praticamente concluídos, mas estão surgindo problemas ambientais pelo caminho. O Ministério Público do Estado do Ceará, representado pelo titular da 2ª Promotoria deste Município, promotor de Justiça Hugo Frota Magalhães Porto Neto, ajuizou ação civil pública relativa a dano ambiental e reparação de danos contra a empresa FBS Construção Civil e Pavimentação Ltda., empreiteira responsável pela obra.

Segundo o representante do Ministério Público, a FBS retirou minério, piçarra, sem licenciamento ambiental e sem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lavrou auto de infração, aplicando multa de R$ 10 mil, pelo crime ao meio ambiente. Ele pediu o embargo da obra e a interdição da atividade da empresa. "A 2ª Promotoria de Justiça de Quixeramobim também está entrando com ação criminal", acrescentou Hugo Porto Neto. O promotor pretende requerer da construtora indenização pelos danos materiais e morais, obrigando-a a recompor a área degradada, em virtude da extração de mineral considerada irregular.

Ele requereu do órgão ambiental a elaboração de um laudo técnico circunstanciado sobre o prejuízo ambiental, declinando-se a metodologia adequada para a recomposição da área degradada. Caso não cumpra, a empreiteira poderá receber multa diária a ser fixada no patamar mínimo de R$ 1 mil. A penalidade será revertida ao Fundo Estadual de Direitos Difusos. De acordo com o MP, as medidas legais são amparadas no parágrafo 2º, artigo 225, da Constituição Federal. "Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei". Na ação, o promotor pede que seja expedido ofício ao Poder Público Estadual, requisitando cópia do contrato para a execução da obra de pavimentação da via.

O representante da FBS, engenheiro Juliano Fiorelini, afirma não ter recebido nenhum comunicado do Ministério Público. Segundo ele, todas as medidas legais foram adotadas junto aos órgãos ambientais. Várias licenças de extração foram recebidas da Semace. Ele nega qualquer irregularidade. O cronograma da obra, iniciada em agosto de 2010, tem prazo previsto de 18 meses. "Recebemos uma multa aplicada pelo Ibama, mas estamos recorrendo. Agimos de forma legal", acrescentou.

Sem licença
Em janeiro, o governador Cid Gomes encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei propondo a dispensa de licenciamento ambiental. O projeto pede, de forma direta, a dispensa desse licenciamento para sistemas de abastecimento de água, aterros sanitários, restauração de vias, construção de estradas, projetos de pesca e aquicultura, entre outros. Também estabelece que, se por decreto o empreendimento for considerado estratégico, estará livre do licenciamento, sem prejuízo das normas legais que serão consideradas pelo presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente.

A Semace não concordou com o projeto de lei referido, fez parecer contrário mostrando as consequências legais da proposta. A Assessoria de Comunicação da Semace confirmou a autoria do texto. Oposicionistas políticos e ambientalistas também consideraram um absurdo.

Se aprovado, também esvaziaria a Semace, órgão técnico tendo nos seus quadros fiscais contratados por concurso público e o Conselho Estadual do Meio Ambiente, representado por membros do Governo e da sociedade organizada. O projeto recebeu o apelido de "AI-5 ambiental", associando-o ao ato que institucionalizou a ditadura militar no Brasil.

Educadores do campo iniciam especialização na Fiocruz

Um curso de especialização latu-senso “Trabalho, Educação e Movimentos Sociais” teve início na segunda-feira com o objetivo de dar continuidade ao processo de formação dos educadores e educadoras que atuam na Educação do Campo em áreas de Reforma Agrária.

Por meio de parceria entre MST, Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), Pronera, Incra e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), da Fiocruz, 60 educadores da Reforma Agrária de 20 estados do Brasil compõem a primeira turma.
Na abertura do curso, os professores Demerval Saviani e Célia Vendramini realizaram a conferência “Trabalho, Educação e Movimentos Sociais” (na foto).
Realizado em regime de alternância, a primeira etapa do tempo-escola se estenderá até o dia 25 de junho, quando será seguido o tempo-comunidade até outubro de 2011.
Sob a coordenação do MST, da professora Virginia Fontes e do professor Paulo Alentejano, o curso visa a consolidação de conhecimentos acerca do método e da teoria crítica e o desenvolvimento da capacidade de compreensão da realidade, sobretudo no que diz respeito aos problemas da educação.
Na abertura das atividades, foi lançado o vídeo do 13º Encontro Estadual dos Sem Terrinha do Rio de Janeiro ocorrido na ESPJV/FIOCRUZ em outubro de 2010.
Em seguida, foi composta uma mesa de abertura com representantes da Fiocruz, MST e Incra. O evento contou com a presença de amigos do MST, professores, funcionários e estudantes da Fiocruz que lotaram o auditório.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"Estado é coautor de mortes no campo no Pará"

"Estado e União são uma espécie de coautores do crime", dispara o advogado José Batista Afonso, sobre a morte do casal de extrativistas José Claudio e Maria do Espírito Santo.
Desde 1992, José Batista trabalha como defensor de Direitos Humanos no Estado do Pará. Formado em teologia, atuou de 1992 a 1996 como agente de pastoral da Diocese de Conceição do Araguaia e coordenou, em Xinguara, o Movimento Pela Vida e Contra a Violência. 
Em 1996, Batista, como é conhecido, começou a trabalhar na Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Marabá, no sudeste paraense, região marcada por graves conflitos agrários.  Após ingressar na faculdade de direito no mesmo ano, passou a atuar na assessoria dos movimentos camponeses da região, entre eles, MST, MAB e Fetagri.
Atualmente advogado da CPT de Marabá, Batista também foi membro da Coordenação Nacional da entidade e é um dos articuladores nacionais da Rede Nacional dos Advogados e Advogadas Populares (RENAP). 
No sudeste do Pará, advoga a causa de trabalhadores ligados aos movimentos sociais do campo.  Acompanhou o processo de Eldorado dos Carajás, atuou como assistente da acusação no processo que apurou os assassinatos do advogado Gabriel Sales Pimenta e da missionária Dorothy Stang. 
Ele também atua em dezenas de processos que visam a apuração de assassinatos de camponeses na região, entre eles, o assassinatos das lideranças Onálício Barros (MST), José Dutra da Costa (FETAGRI) e acompanha as apurações das mortes dos extrativistas, José Cláudio e Maria do Espírito Santo, assassinados na manhã do dia 24 de maio, na zona rural do município de Nova Ipixuna.
Como reconhecimento por seu trabalho, recebeu, em dezembro de 2008, o Prêmio João Canuto de Direitos Humanos e foi também condecorado, em abril de 2009, com a Medalha Chico Mendes, concedida pelo Movimento "Tortura Nunca Mais", sediado no Rio de Janeiro. 
As regiões sul e sudeste do Pará, onde atua o advogado José Batista Afonso, são conhecidas nacional e internacionalmente, pelas graves violações dos direitos humanos no campo.  São mais de 800 assassinatos de trabalhadores rurais, lideranças sindicais, advogados e religiosos nas últimas décadas

terça-feira, 14 de junho de 2011

MST ocupa duas fazendas improdutivas em Mato Grosso

O MST ocupou duas fazendas improdutivas na região Sudoeste em Mato Grosso, na manhã desta terça-feira (14/6).
Mais de 120 famílias estão acampadas na Fazenda Rancho Verde, um latifúndio localizado no município de Cáceres. Mais 250 famílias entraram na Fazenda Mutum, município de Glória d’Oeste.

Essas são famílias novas no público da Reforma Agrária, conforme Genadir Vieira, da Coordenação Estadual do MST.

Ele explica que já houve ocupação nessas áreas, que são estratégicas para o Movimento. “A Rancho Verde é improdutiva, fica bem próxima à área urbana; e a Mutum é muito grande, improdutiva também e fica ao lado da BR-174 de Mirassol”.
Genadir diz ainda que as famílias entraram pacificamente nas fazendas antes do sol nascer e que o clima é tranquilo no local.

Nilo da Silva, da Coordenação Estadual do MST, explica que essas famílias estavam vivendo nas cidades próximas. “A maioria está desempregada e há muito tempo, passando muita necessidade”.
“Estamos de porteira aberta nas duas fazendas”, avisa Nilo.

As famílias vão permanecer nas fazendas e aguardam a presença do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para negociar.
Em nota pública emitida para informar sobre as ocupações, o MST chama toda a população à luta por Reforma Agrária e contra o latifúndio. “Quem produz alimentos neste país é a agricultura familiar que, mesmo sem os incentivos necessários, produz 75% dos alimentos que consumimos no Brasil”, diz a nota.

O MST acampou durante quase todo o mês de abril no Trevo Lagarto em Várzea Grande, para marcar as Jornadas de Lutas.

Leia a nota na íntegra

Nota pública

A luta pela terra sempre fez parte da história do povo brasileiro, desde a ocupação do Brasil, quando os nobres portugueses desconsideraram completamente os povos indígenas que já habitavam neste imenso continente.

É baseado nessa resistência da luta pela TERRA que cerca de 120 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST/MT ocuparam na madrugada de hoje 14 de junho de 2011, a Fazenda Rancho Verde um latifúndio localizado no município Cáceres e mais de 250 Famílias na fazenda Mutum município de Glória d’Oeste na região Sudoeste /MT.

Para o MST está claro que a burguesia tem o dinheiro, e para os trabalhadores e trabalhadoras do campo, resta à organização, a luta para resolver os problemas que assola o Brasil. Tais como: Alimentação, Moradia, Educação enfim, melhores condições de Vida no campo e na cidade.

A luta pela reforma agrária, contra o latifúndio deve ser uma luta de todos, pois quem produz alimentos neste país é a agricultura familiar que, mesmo sem os incentivos necessários, produz 75% dos alimentos que consumimos no Brasil.

Conclamamos a sociedade a apoiar a luta, pois como sempre afirmamos: REFORMA AGRÁRIA! Por justiça social e soberania popular.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

MST e MAB fazem marcha por Abdon Batista contra construção de barragem

 


 
 
Na tarde de sexta-feira (10/6), famílias do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) marcharam por 6 quilômetros até o centro de Abdon Batista, na região sul do planalto de Santa Catarina, e realizaram ato contra a construção da barragem da Usina Hidrelétrica Garibaldi.

A manifestação foi realizada para dialogar com a população sobre a importância de lutar por seus direitos coletivamente. Até o momento a empreiteira Triunfo, responsável pela construção da barragem, tem negociado ou expulsado individualmente os agricultores de suas terras que serão alagadas ou ficarão secas se a obra for concluída.  O MAB encaminhou também carta à presidenta Dilma Rousseff sobre o tema.

O ato foi realizado na praça central, em frente à prefeitura. A população parou para ouvir as manifestações. Os trabalhadores da obra também saudaram com palmas os manifestantes.

Os deputados Pedro Baldissera e Luci Choinacki estiveram presentes no ato e fizeram os primeiros contatos com as autoridades e com o empresário para que recebam os representantes dos movimentos. O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) também esteve presente prestando toda sua solidariedade.

Paralelamente ao ato, foi realizada audiência pública no município de Anita Garibaldi, com representantes dos movimentos, da empresa e juiz agrário. A empreiteira já entrou com pedido de reintegração de posse na área do canteiro de obras Desde a semana passada, os movimentos ocupam o canteiro de obras e paralisam a construção da barragem da usina. A reivindicação é que seja aberta negociação imediata com a empreiteira e com o governador do Estado de Santa Catarina, Raimundo Colombo.

Desde 6 de junho, o MST ocupa um latifúndio no município vizinho, chamado Cerro Negro, e o acampamento foi batizado Terra Nova. Na região, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já vistoriou algumas áreas que poderão ser desapropriadas e destinadas aos Sem Terra.

Movimentos cobram assentamento de 8 mil famílias no Pará

Há 15 dias, homens, mulheres e crianças, trabalhadores do campo, num total de 12 mil famílias, estão mobilizados na Jornada de luta em defesa da vida e pela reforma agrária.
Em acampamento permanente na Superintendência Regional (SR27), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), as famílias reivindicam o assentamento imediato de 8 mil famílias acampadas em 2011 e infra-estrutura nos assentamentos da Reforma Agrária, com a construção de estradas em 503 assentamentos.
Além disso, cobram três mil quilômetros de estradas ainda este ano e, recuperação de 10 mil quilômetros; energia elétrica para 18 mil famílias; realização do licenciamento ambiental para 103 assentamentos, a serem indicados pelo conjunto dos movimentos e; garantia de assistência técnica.
Unificados, a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetragri) exigem a prisão dos assassinos e mandantes dos crimes contra trabalhadores rurais, segurança aos ameaçados de morte, fim da grilagem de terras e principalmente, o fim da violência e impunidade no campo.
Em protesto, as entidades realizaram caminhada em Marabá. De acordo com Viviane Pereira de Oliveira, coordenadora de Mulheres da FETRAF-BRASIL e FETRAF-PARÁ, “o objetivo foi mostrar à sociedade o que reivindicamos e deixar claro que não somos bandidos”, disse a coordenadora frente à tentativa de criminalizar as ações do movimento.
O processo de mobilização dos movimentos coincide com a Jornada de Lutas da Agricultura Familiar da Fetraf-Pará. Além das questões supracitadas, a entidade reivindica política agrícola e de crédito e, educação no campo para realização de curso técnico e superior.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Adolescente morre em acidente e comerciante é executado em Quixeramobim

As festividades que estão acontecendo no município de Quixeramobim, no Sertão Central cearense, estão atraindo muitas pessoas e com isso os registros de imprudência no trânsito tem aumentado. Até agora foram registrados quatro acidentes de trânsito com uma vítima fatal. O mais grave ocorreu no KM 208 da CE-060, na madrugada deste sábado, 4, envolvendo duas motocicletas. Em uma delas a vítima Daniely da Silva,15 anos, veio a óbito. O que intriga a polícia é que neste acidente policiais de plantão vinheram ser informados da ocorrência quase uma hora após outras duas vítimas terem entrado no Hospital Regional Dr. Pontes Neto. Ao chegarem ao local encontrava-se apenas a vítima com suspeita de traumatismo, sendo conduzida ao Hospital local e vindo a óbito logo em seguida. Segundo informações da polícia, os veículos foram retirados antes da chegada dos policiais.
Um homicídio também foi registrado no começo da noite deste domingo, 5, no distrito de São Miguel, a 36 km da sede do município. O comerciante Chico Lucino foi vítima de disparo de arma de fogo em sua residência e veio a óbito no local. Segundo informações de populares, o mesmo se encontrava na calçada de sua residência quando um indivíduo não identificado chegou de moto e efetuou três disparos a queima roupa, sem chance de defesa. Policiais Militares se dirigiram até o distrito para colher mais informações e tentar efetuar a prisão do individuo.

Mais de mil trabalhadores fazem duas ocupações no planalto catarinense

O frio não assustou os lutadores do povo e na manhã desta segunda-feira (6/6), quando o MST e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Garibaldi, no município de Abdon Batista, e um latifúndio improdutivo em Cerro Negro, cidade vizinha.
No protesto, 700 pessoas trancam as obras da barragem e mais 300 pessoas fazem a luta pela terra no município vizinho.
As lutas pressionam a empresa concessionária das obras e governos de todas as esferas para que as vidas sejam levadas em consideração ao construir o desenvolvimento do país. Até agora a empresa não se manifestou e o governo federal já respondeu a pauta da Reforma Agrária, mas ainda não colocou em prática.
Os funcionários da empresa apoiam a mobilização e afirmam que as condições em que trabalham são precárias e que a empresa tem tradição em quebra de contrato e desrespeito às leis trabalhistas.
As famílias vizinhas da obra, que ainda não estão organizadas como atingidas, também demonstraram solidariedade para como os manifestantes, servindo-lhes de água e de seus pomares. Os atingidos reafirmaram as injustiças que estão sendo cometidas pela empresa construtora Triunfo.

As ocupações seguirão até que sejam resolvidos os conflitos e os trabalhadores tenham suas reivindicações atendidas.