sexta-feira, 22 de abril de 2011

Jesus Cristo, nosso salvador

"Aquele que crê em mim nunca estará sozinho." Jesus Cristo

Páscoa significa renascimento, renascer.
Desejo que neste dia, em que nós cristãos,
comemoramos o seu renascimento para a vida eterna,
possamos renascer também em nossos corações.
Que neste momento tão especial de reflexão
possamos lembrar daqueles que estão aflitos e sem esperanças.
Possamos fazer uma prece por aqueles que já não o fazem mais,
porque perderam a fé em um novo recomeçar,
pois esqueceram que a vida é um eterno ressurgir.
Não nos deixe esquecer
que mesmo nos momentos mais difíceis do nosso caminho,
tú estás conosco em nossos corações,
porque mesmo que já tenhamos esquecido de ti,
você jamais o faz.
Pois, padeceste o martírio da cruz em nome do Pai
e pela humanidade,
que muitas e muitas vezes esquece disso.
Esquecem de ti e do teu sacrificio
Quando agridem seu irmão,
Quando ignoram aqueles que passam fome,
Quando ignoram os que sofrem a dor da perda e da separação,
Quando usam a força do poder para dominar e maltratar o próximo,
Quando não lembram que uma palavra de carinho, um sorriso,
um afago, um gesto podem fazer o mundo melhor.
Jesus…
Conceda-me a graça de ser menos egoísta,
e mais solidário para com aqueles que precisam.
Que jamais esqueça de ti e de que sempre estarás comigo
não importa quão difícil seja meu caminhar.
Obrigado Senhor,
Pelo muito que tenho e pelo pouco que possa vir a ter.
Por minha vida e por minha alma imortal.
Obrigado Senhor!


Que todos tenham uma Santa e Abençoada Sexta-feira.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Limoeiro do Norte é sede de debate sobre os agrotóxicos


Maior do Nordeste e quarto do Brasil em quantidade de estabelecimentos que usam agrotóxico, o Ceará dobrou, em cinco anos, a venda de veneno e ampliou em 963,3% a venda de ingredientes ativos para os venenos. O dado faz parte de estudo coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), consta de pesquisa de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e foi extraído do Censo Agropecuário do IBGE. Então, cada novo produto é mais potente (leia-se: tóxico) que o anterior.

O problema é que embora isso reflita uma maior atividade agrícola, também representou aumento de casos de intoxicação aguda nas pessoas, em que o agrotóxico é o principal responsável.

Desde ontem, representantes do Ministério da Saúde estão em Limoeiro do Norte, onde levantamento médico e científico constatou intoxicação aguda em um de cada três trabalhadores avaliados. Irritação, dores, tonturas, depressão, sangramento, fraqueza óssea, redução de memória, câncer e até morte de trabalhadores rurais foram diagnosticados no entorno de perímetros irrigados na Chapada do Apodi.

Se fosse dividida, por habitante, a quantidade de agrotóxicos que é utilizada no País, é como se cada brasileiro utilizasse cinco litros de veneno por ano. O Brasil é, hoje, o maior consumidor mundial desse produto, e o Ceará já era, em 2008, o maior do Nordeste em consumo e quarto no País, só perdendo para os Estados do Sul, conforme o IBGE. Mas, a cada ano, o aumento de evidências do impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas e do meio ambiente tem colaborado com o aumento da discussão: é possível uma vida saudável com veneno?

Conforme enunciado ontem no editorial do Diário do Nordeste, foi constatado agrotóxico no leite materno das mulheres do Município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, Estado com a maior atividade agrícola e maior consumidor de agrotóxicos. De um grupo de 62 mulheres voluntárias, "no leite de todas elas foi constatada a contaminação em níveis preocupantes", afirmou editorial. Os dados são da pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

A comparação com o histórico epidemiológico de Limoeiro do Norte é inevitável visto que, de forma tardia, persistem neste Município cearense três combinações que coincidem com a cidade de Lucas do Rio Verde: expansão agrícola com grande uso de agrotóxicos (inclusive pulverização aérea), fiscalização frouxa das leis e uma situação de incredulidade das evidências, seja por parte de produtores agrícolas seja por parcela do poder público.

Levantamentos apontados no estudo epidemiológico realizado pelo Núcleo Trabalho Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, trazem dados preocupantes. Foram investigados 35 sintomas gerais (pele, olhos, nariz e garganta e neurológicos), os quais fazem parte dos quadros de intoxicação aguda, subaguda ou crônica por diferentes ingredientes ativos de agrotóxicos.

Trinta e três por cento dos trabalhadores entrevistados referiram quadros que podem ser considerados como intoxicação aguda por agrotóxicos. Do grupo de trabalhadores pesquisados, 37% alegaram dores de cabeça, 18% apresentaram agravo na redução de memória e irritabilidade, e outros 49,3% alegaram problemas de pele e, também, mucosas.

No quadro de distribuição de sintomas em órgãos do corpo e sistemas, num levantamento com trabalhadores rurais, foram constatados vários problemas, dentre os quais irritação de nariz, garganta e olhos, dificuldade respiratória, dores no peito, nas pernas, tonturas, depressão, zumbido, tremores no corpo. De 75 trabalhadores de empresas agrícolas "que se sentiram mal pelo uso dos agrotóxicos por segmento", diz a pesquisa, 45,3% foram atendidos na empresa, 21,3% procuraram hospital público, 5,3% em posto de saúde e, o mais grave, 25,3% não procuraram atendimento médico.

Os estudos foram conduzidos pela médica Raquel Rigotto, pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio do Ministério da Saúde e de outras universidades do País.

Emblemático

Até mesmo dados levantados por órgãos do Governo do Estado são utilizados no contexto do estudo epidemiológico. Mas no círculo de debates, o trabalho é contestado por empresas agrícolas e mesmo órgãos públicos que insistem em desfazer qualquer associação entre o atual modelo agrícola e possíveis impactos causados por agrotóxicos na saúde de trabalhadores rurais.

O caso clínico mais emblemático é de José Vanderley, funcionário de uma empresa multinacional. Por três anos, trabalhou no setor de aplicação de agrotóxicos. Laudo apontou quadro clínico compatível com doença hepática - hepatopatia por substâncias tóxicas, sustentada na evidência de exposição ocupacional prolongada a diferentes ativos de agrotóxicos.

PESQUISA
Risco da pulverização aérea

Na discussão sobre o que pode estar causando doenças em trabalhadores rurais, o agrotóxico é apontado como o grande vilão. E uma de suas ferramentas principais seria a prática da pulverização aérea. Produtores agrícolas e até mesmo engenheiros agrônomos divergem sobre o poder de contaminação de uma pulverização "dentro da lei". De acordo com a Embrapa, mesmo com calibração, temperatura e vento ideais, a pulverização aérea deixa cerca de 32% dos agrotóxicos retidos nas plantas, 49% vão para o solo e 19% vão pelo ar para áreas circunvizinhas da aplicação. É essa última parte a maior reclamação de comunidades na Chapada do Apodi.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com dados levantados de 2005, por anos eram registradas em média sete milhões de intoxicações severas por agrotóxicos, das quais 70 mil resultaram em morte. Estes agraves somam-se a efeitos crônicos: 25 mil casos de sequelas neurocomportamentais (de cabeça) e 37 mil casos de câncer.

Casos de câncer

Embora Raquel Rigotto e os demais pesquisadores não afirmem categoricamente que os agrotóxicos estejam provocando câncer em Limoeiro, deixam os dados falarem por si: em 23 localizações anatômicas de câncer, prevaleceu incidência em agricultores. Com base no levantamento do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), ser agricultor confere maior risco de se ter câncer. Destacam-se: tireoide (1,12), próstata (1,17), laringe (1,30), rim (1,30), cólon - junção reto sigmóide (1,31), esôfago (1,40), olhos e anexos (1,58), tecido conjuntivo (1,62), linfomas (1,63), mama masculina (1,67), mieloma múltiplo (1,83), bexiga urinária (1,88), testículo (5,77), leucemias (6,35), pênis (6,44).

"Há um descontrole institucional na utilização dos produtos", aponta Alice Pequeno, pesquisadora do TRAMAS e que estudou a Chapada do Apodi em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Ela reclama da prática comum de apontar apenas o pequeno produtor como culpado pelo uso indiscriminado de agrotóxicos.

"MOVIMENTO 21"
Protestos continuam em Limoeiro

O dia 21 de abril marca o primeiro ano de morte do líder comunitário "Zé Maria do Tomé". Caso continua impune

Desde ontem diversos militantes sociais, religiosos, professores e estudantes estão reunidos neste Município para o "Movimento 21", em alusão ao 21 de abril de 2010, quando o líder comunitário José Maria Filho foi assassinado a caminho de casa, na Chapada do Apodi. Hoje pela manhã, centenas de trabalhadores rurais e militantes fazem panfletagem e marcha de protesto contra impunidade, passando pelos bairros Antônio Holanda, Luis Alves de Freitas e Bom Nome. São bairros fornecedores de mão-de-obra para os perímetros irrigados Jaguaribe-Apodi e Tabuleiros de Russas.

Haverá marcha até a sede do Ministério Público do Trabalho, no Centro da cidade, para cobrar a apuração do crime contra o "Zé Maria do Tomé" e sobre as mortes de Vanderlei e Valderi Rodrigues, ambos cujo drama em vida foi acompanhado pela reportagem. As famílias ainda apelam na Justiça.

A morte de José Maria Filho é investigada pela Delegacia de Homicídios. Somente dois meses atrás foi realizado o exame de balística, comprovando que a arma usada no crime é de uso exclusivo das polícias e da Forças de Segurança Nacional.

Zé Maria do Tomé teve 25 perfurações de pistola e fuzil. Ainda hoje movimentos religiosos e sociais lutam para que o caso seja transferido para a Polícia Federal.

Caminhada

Os participantes do "Movimento 21" ainda farão uma caminhada do local do assassinado de José Maria até a praça da comunidade do Tomé, onde ele era líder. Será inaugurado o Memorial Zé Maria, e haverá celebração religiosa. Estudantes das escolas públicas farão apresentações culturais sobre agrotóxicos e o meio ambiente.

O cantor popular Zé Vicente encerrará o ato de um ano da morte do homem que lutava contra o abuso de agrotóxicos na agricultura da região do Baixo Jaguaribe.

Nos últimos meses o Ministério Público do Trabalho em Limoeiro tem realizado reuniões com vários órgãos e empresas para discutir a problemática dos agrotóxicos e as questões trabalhistas na região.

Já foram apresentados relatórios da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), sobre contaminação da água com defensivos químicos, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), sobre contaminação do lençol freático em Morada Nova, e dados do Núcleo Tramas, da UFC.

A próxima reunião acontecerá no dia sete de junho, aberta para quaisquer interessados.

Eldorado dos Carajás, 15 anos depois

Por Paula Thomaz
Da
Carta Capital


Um dos massacres mais marcantes da história do Brasil aconteceu há 15 anos em Eldorado dos Carajás, no Pará. O saldo da operação da polícia levou à morte 19 trabalhadores rurais sem-terra, deixou outros 69 mutilados e uma centena de feridos. Para isso foram envolvidos 155 policiais militares armados.

Em marcha para Belém, no dia do Massacre os sem-terra bloqueavam a Rodovia PA-150 para forçar a desapropriação da área da fazenda Macaxeira, de 35 mil hectares ocupada por 1500 família havia 11 dias. O coronel Mário Collares Pantoja, mandou os policiais para o local a fim de conter a ação do MST e o dia 17 de abril de 1996 acabou entrando para a história como uma das ações policiais mais violentas.

Dois meses após o massacre, uma ação coletiva teve início na Justiça. Esse processo é considerado o maior da história criminal brasileira em número de réus, no total são 155 policiais. Em 2002, saiu a decisão da Justiça: dos 155 acusados, 142 foram absolvidos, 11 acabaram sendo retirados do processo e apenas dois condenados.

Os condenados, depois de conturbados julgamentos foram o coronel Pantoja, que pegou 228 anos de prisão, e o major José Maria Pereira de Oliveira, que foi condenado à 158. Ambos aguardam julgamento de recurso em liberdade. São 15 anos de impunidade.

No último dia 14 deste mês, mais um julgamento relativo ao processo do Massacre ocorreu no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa do coronel Pantoja e do major Oliveira, únicos condenados, havia apresentado um recurso especial. Nele continha o pedido de embargos de declaração, rejeitado por unanimidade pela terceira seção do STJ, que tentavam retomar o pedido de anulação do julgamento que condenou os militares, e que também foi negado em 2009. Isso significa que fica mantida a decisão de declarar os dois policiais como culpados pelo assassinato dos 19 trabalhadores sem terra.

Enquanto não termina a tramitação de recursos, os culpados podem aguardar em liberdade por força de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal Federal.

Assentamento
Da marcha que seguia para a capital do estado, restou o Assentamento 17 de abril, que marca a data da tragédia. Passados 15 anos, os resquícios do massacre além das feridas abertas e da impunidade, os sobreviventes colhem frutos, literalmente. Tanto que o Assentamento tem grande participação na produção rural de Eldorado de Carajás. Dados da prefeitura mostram que a cidade possui o maior número de agricultores da região, abastecendo cerca de 20% total do mercado local, sendo o frango, o milho e a mandioca os produtos mais escoados para a cidade.

A produção de leite também é expressiva. São de quinze a vinte mil litros dias ordenhados, além da apicultura, que manda à cidade mais de 200 quilos de mel anualmente. Há ainda um criadouro com 25 mil peixes, além de ter o maior produtor de cacau na região que, em 2010, colheu dois mil e quinhentos quilos da fruta.Tendo hoje as 700 famílias que vivem nos 37 mil hectares no assentamento, ganhos de diferentes maneiras.

O Assentamento tem uma escola com 12 salas, um auditório para aproximadamente 150 pessoas, uma biblioteca, sala de informática, um laboratório multidisciplinar de biologia, ciências e química e sala de vídeo, empregando cerca de 60 funcionários, além de quatro microônibus que buscam e deixam os estudantes em suas casas.

15 anos depois
Na avaliação da dirigente estadual do MST do Pará, Ayala Lindabeth Ferreira, desde o massacre não houve nenhuma mudança na relação do MST com o Estado e os governos. “O que existe são visões diferenciadas de desenvolvimento para o campo e, se quisermos que a reforma agrária avance no país teremos que manter nossa autonomia e capacidade de organização e de mobilização dos Sem-Terra”.

Já sobre os governos de FHC e Lula, Ayala diz que seria engano afirmar que não houve nenhuma espécie de mudança nas políticas públicas adotadas no que se refere ao tema da reforma agrária. “Através do governo Lula os movimentos sociais do campo conseguiram estabelecer algum nível de diálogo e ousar um pouco mais que o governo anterior na implementação de algumas políticas públicas, no entanto, faltou ousar mais no sentido de romper com os programas assistencialistas e implementar seu compromisso histórico com os trabalhadores/as do campo que é a reforma agrária, capaz de enfrentar a concentração de terras no país e de implementação de políticas públicas na área da educação, dos incentivos agrícolas,da assistência técnica, da saúde,da cultura, das agroindústrias dentre outros”, conta.

Reforma Agrária
O MST tem algumas certezas sobre a evolução de sua participação na luta pela reforma agrária. Uma delas diz respeito ao compromisso histórico que o MST tem em organizar o povo para lutar pela implementação da reforma agrária no Brasil, “nem que para isso leve anos e esforços de gerações inteiras.”

Ayala diz que as forças contrarias à luta do MST têm crescido e se fortalecido. “Se almejamos atravessar os perigos que rondam nossas vidas, teremos que garantir o processo de organização e elevação da consciência política e organizativa do povo Sem- Terra, de irmos debatendo e sistematizando a nossa proposta de reforma agrária para o Brasil”.
Para ele, por meio do programa de reforma agrária será possível estabelecer novas alianças com os setores urbanos e rurais do país, “assim como chegar aos lares de centenas de milhares de brasileiros, afinal a reforma agrária não é assunto somente dos camponeses, mas de todos aqueles que se alimentam e vivem neste país”.

Assentamento desenvolve economia do município de Rio Bonito

 
 
Por Riquieli Capitani
Da Página do MST


As 1.500 famílias do MST, que vivem no assentamento Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire, em Rio Bonito do Iguaçu, na região central do Paraná, realizaram uma grande festa, em comemoração dos 15 anos de lutas e conquistas dos assentados.
As comemorações aconteceram na comunidade Centro Novo, Assentamento Marcos Freire.
Uma mística fez um resgate da história, seguido de culto ecumênico, ato público e pronunciamento de autoridades. Em seguida foi servido almoço comunitário e, à tarde, teve atividades culturais e esportivas.
Aproximadamente 3.500 pessoas participaram da festa.
Conquistas
A implantação dos assentamentos na região transformou o cenário e desenvolveu a economia do município de Rio Bonito, gerando mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.
Para garantir o direito dos trabalhadores à educação, nesses 15 anos os assentados conquistaram 10 escolas (seis estaduais e quatro municipais), que funcionam dentro dos assentamentos e atendem em torno de 2.500 educandos. Atualmente, a escola Iraci Salete Strozake, localizada no assentamento Marcos Freire é a Escola Base das 10 Escolas Itinerantes do estado.
Na área da produção, durante cada ano, os assentamentos produzem em média 500 mil sacas de milho, 50 mil sacas de soja, 50 mil sacas de feijão, 10 mil sacas de arroz, 24 mil litros de leite por dia, chegando a 880 mil litros por ano. Além de criar, em média, 20 mil animais entre: suínos, bovinos e aves, para comercialização e consumo próprio.
Histórico
Na madrugada de 17 de abril de 1996, mais de 3.000 famílias Sem Terra ocuparam o latifúndio da Fazenda Giacomet-Marodim, em Rio Bonito do Iguaçu. A desapropriação dos 26 mil hectares aconteceu em 1998, com o assentamento de 1.500 famílias
O grupo Giacomet foi violento na repressão aos trabalhadores. Em 1997, os Sem Terra Vanderlei das Neves e José Alves dos Santos foram assassinatos pelos pistoleiros da fazenda, em uma emboscada. Vários trabalhadores também morreram durante o desbravamento da fazenda e o plantio de pinus. Na fazenda foram encontrados vários cemitérios clandestinos.
Atualmente, a região central do Paraná concentra o maior número de assentados, ao todo são 2.530 famílias, beneficiadas com a desapropriação de cerca de 50 mil hectares da fazenda Araupel. Nesse região, se encontram hoje os assentamentos Ireno Alves dos Santos, Marcos Freire e Celso Furtado.